A notícia de que o DER finalmente decidiu contratar em caráter permanente uma empresa para a manutenção das luzes da Raposo Tavares até que seria alvissareira, não fosse a demora para efetivar essa contratação. É que ela depende de uma licitação que ainda não foi feita e de um processo burocrático obrigatório que levará meses para ser concluído. Isso significa que só no segundo semestre a manutenção voltará a ser feita.
Há dois anos o DER assumiu o gerenciamento da iluminação da Raposo, que antes era da responsabilidade da Eletropaulo, como explica o engenheiro Gerson Sancinetti de Oliveira, gerente de operações da UBA-Cotia. “Durante esse período trabalhamos com empresas temporárias para sanar os problemas mais urgentes. Este ano, com o contrato de longo prazo, a meta é fazer uma reforma completa no sistema”, informa Gerson.
Essa reforma inclui a troca do cabeamento e dos 400 postes da rodovia. Alguns já foram substituídos. Em vários pontos da Raposo vêem-se postes de duas pétalas no lugar dos mais antigos, de quatro pétalas. Essa troca foi possível porque as lâmpadas usadas agora, de vapor de mercúrio, iluminam mais e consomem menos energia. O problema é que aquelas que queimarem não poderão ser substituídas antes da contratação da nova empresa.
Isso cria um problema sério para os usuários da Raposo, em especial para os pedestres. O apagão do quilômetro 31, por exemplo, deixa às escuras a passarela e põe à prova a coragem dos transeuntes. O lugar virou alvo de assaltantes, conta Eugênio Machado Ribeiro, presidente da Sociedade Amigos do Gramado e membro do Conselho de Ética e Disciplina do Conseg Granja Vianna: “Na última reunião do Conseg Cotia Centro, da qual participei, houve queixas nesse sentido. Também há reclamações de estupro”.
Há muito Eugênio denuncia o problema da iluminação na Raposo. Em 2006 chegou a acionar o Ministério Público, que descobriu uma ação criminosa: os atendimentos eram feitos por empresas terceirizadas que deletavam as pendências do sistema, davam o serviço como realizado e recebiam por ele. Esse tipo de crime deve acabar com o contrato permanente. A pergunta que fica, porém, é: e até lá, quem garante a segurança dos transeuntes?
Esta matéria também foi publicada no site da revista Circuito: http://www.revistacircuito.com/99iluminacao.asp
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